lia
tudo
nada
enten-
dia
depois de quase morrer
atropelado pela velocidade
louca da rotação dos motores
duas vezes antes da tarde
não fossem as buzinas que o arrancaram
do torpor de dias presos
ao imaginário de páginas
& mais páginas de nada
não fosse a fome
que o obriga estar na
na rua de corpo inteiro
para
constatar do nada
que lhe falta algo
essencial, portanto
tudo para o mínimo
entendimento
da própria vida
em relação
a todos as vidas
a porta ausente era a porta de todas as chaves
sente crises como se fosse personagem de uma epopéia urbana
"não é possível que seja demasiado simples assim!"
"se for saberei prosseguir?"
"quando vencer a batalha do medo
as cortinas vermelhas que imagino
defronte à realidade serão abertas?"
"dependo de mim para infringir os limites."
"limites que eu mesmo tracei sem querer".
havia algo que não sabia viver
& se perguntasse àquele homem que
, olhando assim de longe, aparenta ter
durante algum movimento da luz do dia
encontrado a porta certa para as suas
chaves enferrujadas de chagas agônicas
como quando reencontra
numa manhã fria chuvosa
um objeto
com o cheiro de alguém,
uma flor que secou,
ou mesmo versos borrados
no verso do guardanapo
com um beijo de batom
os quais se admitia
há 3 estações
para todo sempre perdidos
que de tanto procurá-los
em vão
sempre nos lugares errados -
jamais seria capaz de imaginar
que estivessem
demasiado óbvios
dentro do bolso do casaco
onde dedos (inocentes?)
se refugiarão no próximo
inverno
tudo
nada
enten-
dia
depois de quase morrer
atropelado pela velocidade
louca da rotação dos motores
duas vezes antes da tarde
não fossem as buzinas que o arrancaram
do torpor de dias presos
ao imaginário de páginas
& mais páginas de nada
não fosse a fome
que o obriga estar na
na rua de corpo inteiro
para
constatar do nada
que lhe falta algo
essencial, portanto
tudo para o mínimo
entendimento
da própria vida
em relação
a todos as vidas
a porta ausente era a porta de todas as chaves
sente crises como se fosse personagem de uma epopéia urbana
"não é possível que seja demasiado simples assim!"
"se for saberei prosseguir?"
"quando vencer a batalha do medo
as cortinas vermelhas que imagino
defronte à realidade serão abertas?"
"dependo de mim para infringir os limites."
"limites que eu mesmo tracei sem querer".
havia algo que não sabia viver
& se perguntasse àquele homem que
, olhando assim de longe, aparenta ter
durante algum movimento da luz do dia
encontrado a porta certa para as suas
chaves enferrujadas de chagas agônicas
como quando reencontra
numa manhã fria chuvosa
um objeto
com o cheiro de alguém,
uma flor que secou,
ou mesmo versos borrados
no verso do guardanapo
com um beijo de batom
os quais se admitia
há 3 estações
para todo sempre perdidos
que de tanto procurá-los
em vão
sempre nos lugares errados -
jamais seria capaz de imaginar
que estivessem
demasiado óbvios
dentro do bolso do casaco
onde dedos (inocentes?)
se refugiarão no próximo
inverno
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