quinta-feira, 15 de setembro de 2011

ser de corpo todo (para Claudio Willer)

ser de corpo todo

mergulho de ponta
na mais profunda
desistência destas
estruturas podres
pertencentes a um
futuro frouxo que
falsifica o homem

quando será algo?

a voz que pergunta
a voz que responde:

quando abandonar
a eterna metade
de tudo o que é

esvaziar o coração
de amores frouxos

separar-se dos
signos da moda

a mente de poesia
produto-broxante

& iluminar-se com a luz bruxuleante de uma estrela morna
para depois tirar o petróleo do corpo & este do outdoor &
por para fora esta dor plástica em forma de um único grito

para resignificar
a transitoriedade
da vida em um sol

radiante dentro
destes olhares
verde azulados

porém,

nesta noite virtual do século XXI
em que bombas em nome da paz
cavam túneis na mente das crianças
o planeta terra eclipsou a si mesmo

eu devo resistir para saber
o que estou fazendo comigo

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