segunda-feira, 14 de março de 2011

caminho contra
o m eu próprio

movimento.

não importa a direção

tomada, pois
estou sempre
sentindo-me

sem tino
pra coisa

sem jeito para
o seu emprego

suspeitei quando não

achei roberto piva

na biblioteca, nem
nos sebos da nova

metrópole

caipira em deformação

a minha sorte é que meus novos amigos são todos pederastas

crianças,

brincávamos de cabo de guerra
cada um puxava para o seu lado

sinal para o que viria ? agora é
o mundo quem puxa com força

resisto porque não sei nada sobre o mundo

a imagem de um frango destroncado é produzida

ele gira pelo quintal
ele vai morrer
ele será comido por papai, mamãe & os filhinhos
com macarronada & xarope de cola choca

a cabeça se encherá de sangue
& será fervida & será chupada

tensão
poética
criada

atenção!
atenção!

atenção à tensão
não apenas a ela

o galo morreu
não sem cagar
todo milho dado

verde escatológico
pastoso & fedido!

sente o cheiro da morte?

sente,  não sente-se

sente tudo agora

nesta corda

vocal nesta

corda

quero alguém
que grite-me!

nesta corda
ten-
si-
o-
nada

é possível até
berrar a alma

até arrebentá-la
tsunami no japão

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