1 é preciso fazer alguma coisa
2 ou farão
3 corpo em trânsito
2 ou farão
3 corpo em trânsito
na velocidade do movimento
as paisagens como um filme
que nunca mais será revisto
se projetam
fora e dentro
da tela do pensamento
fora e dentro
da tela do pensamento
e se fundem a uma chama viva que imperceptível queima a linha
das dimensões puramente físicas do espaço e do concreto armado
das dimensões puramente físicas do espaço e do concreto armado
são flores
nesta hora
6 deliro versos dentro da noite fria
perco as referências possíveis do eu
o matemático pandeirista
o economista comunista
& seu bandolim mágico
6 deliro versos dentro da noite fria
perco as referências possíveis do eu
o matemático pandeirista
o economista comunista
& seu bandolim mágico
festa! festa!
palmas cadenciadas
- nunca imaginei que ouviria samba aqui
- o samba está em todo lugar
7
bárbara surge
bárbara surge
seu pai serralheiro
teu avô metalúrgico
bárbara é bárbara como uma noite de sábado
teu avô metalúrgico
bárbara é bárbara como uma noite de sábado
enquanto as poças brilham através dos vidros
me ensina a dor da mãe que perdeu um filho
choramos com a chuva fria
até que o samba se manifesta
choramos com a chuva fria
até que o samba se manifesta
numa criança que gira a roda
festa vozes
samba palmas
os acordes do violão
desenham suaves
a experiência
por entre os dedos que não os nossos
8
sou lançado ao canto xamânico
tudo o que colocamos dentro de nós ao longo do dia
deve culminar na coisa que nos é mais prazerosa
bárbara a bailaria maria o matemático pandeirista
se misturam às luzes, aos outros corpos, ao ritmo
que oscila
da cidade ao morro
de joão à candeia
lançado ao desconhecido
entre tantos desconhecidos o único desconhecido
não consigo parar de esquecer os nomes e os rostos na escada
samba palmas
os acordes do violão
desenham suaves
a experiência
oh! bárbara o que você me diz é
tão poesia quanto o que escreve
suas palavras casam com o samba
até nos perdermos como antes sempresuas palavras casam com o samba
por entre os dedos que não os nossos
8
sou lançado ao canto xamânico
tudo o que colocamos dentro de nós ao longo do dia
deve culminar na coisa que nos é mais prazerosa
bárbara a bailaria maria o matemático pandeirista
se misturam às luzes, aos outros corpos, ao ritmo
que oscila
da cidade ao morro
de joão à candeia
lançado ao desconhecido
entre tantos desconhecidos o único desconhecido
não consigo parar de esquecer os nomes e os rostos na escada
não digo adeus
há uma esperança pueril de reencontrar o que deixo
se perder agora
9
estou voltando ao sonho ou fui um sonho febril da noite fria?
há uma esperança pueril de reencontrar o que deixo
se perder agora
9
estou voltando ao sonho ou fui um sonho febril da noite fria?
ouço os ecos da festa que me esqueceu
ainda chove
em algum lugar calmo da cidade
bárbara canta a internacional
para seu anjo domenique dormir
em algum lugar calmo da cidade
bárbara canta a internacional
para seu anjo domenique dormir
toco a imagem poética
com a ponta dos medos
com a ponta dos medos
10
aqui neste momento
o décimo movimento
entre-fotos as aspas em números dos poréns.
ResponderExcluirlinda a 4ª foto... é como se a vista convidasse a beber a vida.
ResponderExcluira araucária se impõe na paisagem e toca o céu de chumbo
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