Ecoa
no corpo & no pensamento
a troca de palavras libertas
Ressoa
a batalha travada contra nós mesmos,
a não fixação no "eu sou isto ou aquilo"
Povoa
a vida com novas afecções & percepções,
outras intensidades & virtualidades outras
Entoa
os cânticos dos deuses amazônicos &
a capacidade de amar sem cobrar
Voa
na experimentação sem culpa na noite,
mais alto que vésper vista pela manhã
Ecoa
a matéria caótica da criação cósmica
, a presença do passado & do futuro
Ressoa
a linguagem do brilho poético
que mantém visível o princípio
Entoa
não sabemos quem somos totalmente
& o não saber é abertura para a criação
Povoa
humano ou não, seres de razão ou não,
pedra, ar, água, terra, fogo, planta, animal
Sobrevoa
o infinito metafísico da poesia ancestral
o tempo aiônico de um deus infinitesimal
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